Na figura: 1 Veículo de Carga de 16 toneladas, 2 de 8 ou 4 de 4 toneladas?

Alguns custos para as cidades estão mais relacionados à quantidade de veículos de carga do que a seu tamanho e peso.

Custos relacionados à Quantidade de Veículos de Carga: Poluição do ar, ruídos, acidentes, congestionamento, etc.

Custos relacionados à Tamanho e Peso: Deformação das vias, intrusão visual, dificuldade de manobra, interrupções no trânsito, vibração, severidade nos acidentes, etc.

Por tudo isto, justificam-se as restrições, que ocorrem em horários, regiões determinadas, tipos de veículos, etc. e tem como objetivo adicionais aliviar o transporte público e o deslocamento de pessoas que utilizam estas áreas para trabalho, estudo, compras, etc.

Em cidades, bairros mais antigos ou tombados pelo patrimônio histórico, a motivação é a preservação dos edifícios, ruas e a impossibilidade de espaço para deslocamento de certos veículos.

Atualmente, no Brasil existem aproximadamente pouco mais de uma centena de cidades que adotam algum tipo de restrição em suas vias.

No entanto estas áreas também possuem estabelecimentos com necessidades de abastecimento contínuo como padarias, restaurantes, lojas de conveniência, etc.

Algumas destas regiões possuem alto valor por metro quadrado fazendo com que o espaço para estoque seja menor devido seu custo. Por esta razão os estabelecimentos nestas áreas exigem abastecimento contínuo fazendo aumentar a frequência de veículos de carga em suas portas.

Uma alternativa encontrada pelos operadores logísticos é o uso de Veículos Urbanos de Carga, conhecidos pela sigla VUC. Correspondem a uma capacidade que é uma fração dos veículos de carga maiores, mas equivalem a pelo menos 5 veículos utilitários.

É um meio termo interessante de veículo considerando as restrições de circulação e o custo de transporte.

Mas também possuem a vantagem de oferecer uma maior vazão das mercadorias na rede de transporte resultando rapidez nas entregas, uma vez que demanda menor tempo para montagem e consolidação das cargas. Aliás, rapidez nas entregas, pedidos menores, entrega no mesmo dia são requisitos cada vez mais exigidos dentro do mundo digitalizado e da logística moderna.

No entanto, a maioria das intervenções que surgem na área de transporte acabam aumentando o número de veículos nas ruas, como é o caso do rodizio de veículos.

Mesmo no caso de zonas ou áreas de restrição teremos mais veículos de carga, embora menores, circulando. Basta observar, em certos horários e ruas principais das áreas de restrição, o grande número de veículos de carga estacionados um ao lado do outro apressando-se para entregar suas mercadorias.

Uma alternativa viável para minimizar esta quantidade de veículos de carga é otimizando seu uso através de técnicas de Planejamento de Rotas e Trajetos.

É sabido que a adoção destas técnicas pode reduzir consideravelmente tanto a quantidade de veículos como seus trajetos individuais. Isto já foi provado em grandes frotas e vem sendo adotado gradativamente por pequenos e médios transportadores que são os maiores protagonistas atuais no abastecimento das cidades.

Tais técnicas devido aos serviços de Softwares como Serviço (SaaS) e disponibilização de computação móvel através de celulares estão cada vez mais acessíveis em termos de custo a estas empresas menores, que atualmente constituem a maioria no ramo de transporte de pequenas cargas.

Portanto, com uso otimizado, e até que apareçam outros meios de transporte para o meio urbano, o VUC é a melhor alternativa para atender tanto as restrições impostas pelas autoridades, como atributos de custo e eficiência necessários à operação de abastecimento de produtos para as cidades.